terça-feira, 24 de março de 2020

A exploração e a realidade

Há gente de classe social baixa que defenda um sistema que faz com que 6 brasileiros tenham mais dinheiro do que 105 milhões de pessoas. Vamos refletir: nós moramos em um bairro considerado carente. Não é possível que vocês olhem para o lado, e não percebam nada de errado; não é possível que não percebam que vivemos em um país em que os mecanismos de ascensão social não funcionam; não é possível que vejam os lucros dos bancos e das grandes empresas, mas não percebam a exploração que todos nós sofremos; não é possível que vejam empresários, que mal sabem falar, enriquecendo em uma velocidade absurda; não é possível que, morando onde moramos, trabalhando como trabalhamos e recebendo o salário que recebemos, vocês falem ou acreditem em meritocracia.
Entender as ideias de Marx, não significa colocá-las em prática, mas, ao menos, se indignar com o que acontece. Precisamos compreender o conceito de mais valia e a divisão em classes sociais, percebendo que não importa o quanto ganhamos: se recebemos salários, somos proletariado, ou seja, somos explorados.
E não me venham com argumentos de que já leram Marx, pois eu sei que não leram. Se o tivessem feito, saberiam que ele diz que todo trabalhador é explorado e que devemos tomar os meios de produção, não o salário dos outros. Além disso, não se esqueçam: se a classe operária tudo produz, a ela tudo pertence.

Por: Professor Thiago Flamarion (Estado do RJ)

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