A deriva continental é
uma teoria proposta pelo meteorologista e geofísico alemão Alfred Wegener, no
ano de 1912, e que explica a formação dos continentes. Antes de obterem sua
configuração atual, as terras emersas do planeta formavam há mais de 200
milhões de anos um único bloco continental, a Pangeia (Terra Total), esse bloco
continental seria circundado também por um único oceano, que recebeu o nome de
Pantalassa (Mar Total). Com o passar do tempo geológico, esse bloco se
fragmentou, dando origem, inicialmente, a Laurásia e a Gondwana. Seu movimento
contínuo ocasionou um novo rompimento e a atual distribuição dos continentes.
A teoria da deriva
continental de Wegener se originou da observação do desenho das costas da
América do Sul e da África, as quais possuem formas complementares que parecem
se encaixar perfeitamente.
Diferentemente dos seus
antecessores, o meteorologista fundamentou as suas ideias com base nas
similaridades físicas, geológicas e fósseis encontradas em porções de terra
separadas pelos milhares de quilômetros que formam o oceano Atlântico. As
ideias de Wegener foram sistematizadas e publicadas, no ano de 1915, no livro
chamado A origem dos continentes e dos oceanos.
O aperfeiçoamento dos
estudos do assoalho oceânico fez com que, na década de 1960, surgisse uma
teoria que viria a corroborar com a deriva continental e explicar a formação da
litosfera e o porquê de haver o deslocamento das massas continentais. Trata-se
da teoria das placas tectônicas ou da expansão do assoalho oceânico.
Identificou-se que a litosfera, camada mais externa do planeta Terra, é formada
por grandes blocos de rocha que comportam tanto os continentes quanto o fundo
dos oceanos. Esses blocos se encontram em movimento lento e constante sobre o
magma, o que é causado pelas chamadas correntes de convecção.