Há
gente de classe social baixa que defenda um sistema que faz com que 6
brasileiros tenham mais dinheiro do que 105 milhões de pessoas. Vamos refletir:
nós moramos em um bairro considerado carente. Não é possível que vocês olhem
para o lado, e não percebam nada de errado; não é possível que não percebam que vivemos em um país em que os
mecanismos de ascensão social não funcionam; não é possível que vejam os lucros
dos bancos e das grandes empresas, mas não percebam a exploração que todos nós
sofremos; não é possível que vejam empresários, que mal sabem falar,
enriquecendo em uma velocidade absurda; não é possível que, morando onde
moramos, trabalhando como trabalhamos e recebendo o salário que recebemos, vocês
falem ou acreditem em meritocracia.
Entender
as ideias de Marx, não significa colocá-las em prática, mas, ao menos, se
indignar com o que acontece. Precisamos compreender o conceito de mais valia e
a divisão em classes sociais, percebendo que não importa o quanto ganhamos: se
recebemos salários, somos proletariado, ou seja, somos explorados.
E não
me venham com argumentos de que já leram Marx, pois eu sei que não leram. Se o
tivessem feito, saberiam que ele diz que todo trabalhador é explorado e que
devemos tomar os meios de produção, não o salário dos outros. Além disso, não
se esqueçam: se a classe operária tudo produz, a ela tudo pertence.
Por:
Professor Thiago Flamarion (Estado do RJ)