quarta-feira, 25 de abril de 2018

DIREITA E ESQUERDA


Ser crítico ferrenho dos reacionários desta Direita tosca que lamentavelmente ressurgiu das trevas, do nefasto imperialismo norte-americano e de todos os clichês macartistas vomitados pelos Olavos e Bolsonaros da vida não significa ser de esquerda. Definitivamente NÃO. 
Fanáticos de meio acadêmico e doidões que ainda suspiram pela velha União Soviética podem relativizar e terceirizar responsabilidades à vontade, mas justificar o que está acontecendo na Venezuela é quase psicopatia. Se é esse tipo de expediente com que sonham nossos chamados esquerdistas, jamais irei compactuar. Se um político como o Lula, por exemplo, apóia tais atitudes, ele é muito pior que o populista e mentiroso compulsivo que conhecemos. Se um partido como o PSOL acha tal barbárie estatal compreensível, ele nada tem de progressista.
Lembro que criticar o chavismo, ou o que chamam de versão latina e caudilha do socialismo, não significa apoiar intervenções e golpismos promovidos pelos EUA em sua infindável sanha expansionista. Trata-se apenas de bom senso. Trata-se de saber que pouco importa se é a bota esquerda ou a bota direita que está sobre a garganta do povo. O problema é a existência destas botas da opressão.

Carnaval do RJ (2018)


Uma escola de samba cujo patrono é um bicheiro - "profissão" que só existe porque jogos de azar são "proibidos" - condenado a 48 anos de prisão e solto graças ao STF é campeã após desfilar contra a "corrupção".
Uma escola fundo de quintal que diz defender a CLT - mas só contratou 3 pessoas como CLT para fazer o desfile - e apelou ao "lacre" esquerdoso para ganhar pontos extras com os jurados é a vice-campeã.
O Carnaval do Rio é a síntese do Brasil.