Ninguém escapa do
plástico, mesmo o mais ferrenho naturalista. Ele está na escova de dentes, na
sola do pé (em tênis, sandálias, sapatos), na bandana do Guga, na cozinha
inteira, no carro, no avião, nos cosméticos, no capacete do motociclista, nos
alimentos, em próteses terapêuticas, na caneta Bic, na embalagem dos sucrilhos
que seu filho leva para a escola, em seus CDs preferidos, e até na intimidade
da calcinha, das fraldas descartáveis, do sutiã, da cueca e da camisinha… O
plástico, nas suas diversas formas (e sob diferentes nomes), tornou-se nos
últimos anos uma espécie de faz-tudo, além de confiável indicador de
desenvolvimento de um país. Setores como os de utilidades domésticas,
telecomunicações, construção civil, brinquedos, calçados, saúde, têxtil, eletroeletrônicos,
aviação e automóveis usam cada vez mais o produto para substituir outros
materiais, em razão do custo mais baixo e de sua adequação a ambientes e
circunstâncias variadas. [...]
No Brasil, segundo dados
do Instituto Nacional do Plástico (INP), cada veículo utiliza entre 80 e 110
quilos de plástico. No final de década de 80, a média era de apenas 30 quilos.
Na agropecuária, o uso do plástico, cresce em toneladas métricas, (nada ainda
comparável a países como Israel, Holanda, Japão, Estados Unidos, Inglaterra,
Itália e Espanha, que usam de 50 a 100 vezes mais plásticos na agricultura do
que o Brasil). Na saúde, o produto permite até mesmo, em caso de urgência, a
instalação temporária de órgãos artificiais como pulmão e coração.
Célia
Chaim. “A era do plástico”. IstoÉ, 19/03/2003.
Obtido
em: <https://istoe.com.br/22505_A+ERA+DO+PLASTICO/>
Acessado em: 07/04/2021.
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